Peças de coleção       A história do MG  English Language

                            O nome MG está entre nós desde 1923 quando Cecil Kimber, da Morris Garages, modificou um Morris Cowllyes para competir em Rallyes e Trials. A sigla MG vem, portanto, de Morris Garages. 

                            Em 1929, o primeiro MG apareceu como carro de produção em série, pois a idéia de Kimber “funcionava” e o carro foi carinhosamente chamado de Midget, cognome que pode ser traduzido como pequenino. Este apelido tem como fundamento a comparação entre o MG e os automóveis da época, que eram de grandes dimensões, bastante altos e de aparência pesada. 

                            O mecânico chefe, que ajudou na construção do primeiro MG na época do seu lançamento era, e continua sendo, Harry Thames. A Morris  Garages está localizada em Oxford, na Inglaterra. Dois de seus primeiros vendedores, pois após o lançamento do MG como carro de produção em série a Morris Garages tornou-se uma concessionária de vendas ainda estão vivos: Harry Cox e Willian Deadman.

                           Uma versão um pouco mais elaborada do Midget, o MG-TC, teve uma recepção estrondosa na América. O TC tinha um motor de quatro cilindros, capacidade cúbica de 1250 cc e 55 HP de potência, o que lhe proporcionava uma velocidade máxima de aproximadamente 130 km/h, era na época um carro puramente esportivo. Sua direção precisa e sua estabilidade admirável devido ao baixo posicionamento do centro de gravidade, eram uma revelação para desportistas americanos.

                           O MG-TC era o passo final para, talvez, o mais bonito MG, o TD. 
O MG-TD foi lançado em 1951 e tinha soluções inéditas. Era o primeiro MG a Ter suspensão totalmente independente nas rodas dianteiras, as rodas que nos outros modelos eram de arame (raiadas).

                           O desenho da carroceria de uma concepção muito leve com suas superfícies em perfeita concordância, produziu, e ainda produz na mente dos esportistas uma ótima impressão em relação a sua forma. Realmente o TD tocava no âmago dos corações dos esportistas, tradição esta que não foi quebrada até os nossos dias.

Texto do Manual do Proprietário 
 
O MG TC em 2002
Marcos Andrade no MG TC 1948  - Interlagos Classic Endurance - 1999
 
                                A história do MP Lafer
                         No início da década de 70, João Arnaut, então funcionário da fábrica de móveis LAFER, oferece a Ivone, sua mulher, como presente de aniversário, um MGTD - 1952. Uma certa manhã, acorda atrasado, pega no carro de Ivone e vai para o trabalho. 

Percival Lafer, um dos donos da fábrica e apaixonado por carros antigos, logo nota o MG. A imagem do famoso carro não lhe sai mais da cabeça ! Tempos mais tarde vem a adquiri-lo. 

Após várias incursões à Inglaterra, Percival inspirado no modelo britânico, resolve fabricar um automóvel semelhante, todavia melhorado e adaptado à tecnologia da época. Percival descobre que a distância entre eixos do Volkswagen e do MG era a mesma. Assim ocorreu-lhe a idéia de acoplar à carroceria do novo carro o chassis do Volkswagen. 

Vale lembrar que, o MGTD - 1952, transformou-se de um modesto projeto da Morris Garage, num dos maiores clássicos da história do automóvel. Na primeira reunião pertinente a este projeto, declara à sua diretoria: "Vamos fazer um produto perfeito, ou então, desistir desde já". O esmero nos detalhes exauriu-se completamente. O acabamento dos paralamas, por exemplo, dobrado para a sua parte interna, fizeram do MP Lafer um dos melhores do mundo, neste tipo de carro, bem como o painel em madeira e o chassis duplo (dando uma grande robustez e segurança).

              O motor passa a ser da Volkswagen e refrigerado a ar. A carroceria adquire ligeiras alterações com as linhas mais arredondadas, adaptando-se ao gosto da época e ao suave clima tropical. Muitos especialistas são unânimes ao considerarem o MP LAFER superior ao MG até em termos de beleza. Em 1974 inicia-se sua fabricação em série. O charme, a distinção e o bom gosto deste clássico chamam a atenção de compradores famosos - ter um Lafer significava prestígio, classe e diferenciação. Tal era o sucesso do novo carro que vários países da Europa e EUA logo trataram de importar 1000 exemplares de um total de 4300 produzidos durante os 16 anos de sua fabricação - outro recorde de tempo de produção.

               Empresários mais atentos, ao se aperceberem do êxito obtido com o MP, resolveram dedicar-se à produção de um carro igual. Só que desta vez, a preocupação era a de fabricar réplicas - absolutamente iguais ao MP. Foi assim que surgiu o MG Agnus, Pantera, Enseada e outros.

              Todavia, a premissa fundamental que norteou todo o projeto tinha que ser cumprida - construir o novo carro , ao estilo único do inconfundível MG, o que não lhe deixava grandes opções para ousar na criação de novos modelos. Mesmo assim, desenvolve um novo modelo desprovido de cromados e de linhas mais simplificadas, destinado a um público mais jovem. Modelo este muito atrevido no qual ninguém acreditava, mas que deu certo. O novo carro fazia lembrar um Exalibur ou Clenet. Nascia então o TI (esportivo). E, mais tarde, pensa e cria um protótipo com motor à frente e diferencial atrás, onde antes era o motor, conseguindo uma perfeita distribuição no peso com 50 % na dianteira e outro tanto na traseira.

              Os altos custos de produção inviabilizaram-lhe o projeto, bem como a continuidade dos modelos clássico e esportivo. Ousadia, bom gosto e os escassos exemplares, que muito raramente vemos passar nas ruas, foi o que sobrou deste arrojado projeto que vingou por tanto tempo. Percival Lafer, decide então terminar com a produção em série, encerrando com chave de ouro o projeto do famoso carro.

              Muitos mantiveram-se fiéis ao velho sonho, quer seja pela nostalgia de épocas glamourosas ou por sua semelhança com alguns modelos clássicos da Jaguar, Bugatti, Alfa-Romeo, Lância, Mercedes-Benz e outros mais raros. Por um motivou ou outro, algumas pessoas incorporaram o MP Lafer ao seu estilo de vida, identificando seu proprietário, desfilando por ruas e estradas do Brasil para prazer de quem o dirige e de quem o vê passar.

Fernando Figueirinhas 
 

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